Publicado por: Alexandre Nasiasene Gomes | 19 de março de 2011

Esôfago de barret

Esôfago de barret é uma doença grave relacionada com o refluxo das secreções gástricas no estômago que pode evoluir para o câncer de esôfago se não for devidamente tratado.


O tratamento é feito com recomendações alimentares e medicamentos que diminuem a acidez no estômago. E nos casos mais graves, uma cirurgia pode ser indicada.
No esôfago de barret as paredes da parte final do esôfago mudam de cor e de espessura numa tentativa do corpo de se manter protegido da acidez vinda do estômago.
Essas alterações podem ser observadas através de uma endoscopia digestiva e se forem consideradas muito graves (cerca de 10%)  podem evoluir para um câncer.

fonte: Tua Saude

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O esôfago de Barrett é uma alteração geralmente diagnosticada durante a endoscopia digestiva e confirmado através de biópsias da região acometida. Como o refluxo gastroesofágico se associa firmemente com o esôfago de Barrett, nos quadros de queimação retroesternal (no tórax) crônica, é importante que os pacientes sejam submetidos a endoscopia digestiva para avaliação esofágica. Quanto à epidemiologia da doença, o esôfago de Barrett ocorre mais frequentemente em adultos de média idade (55 anos) e idosos, acometendo duas vezes mais homens que mulheres, com uma incidência na população geral de 0,9 a 4,5%. Este tipo de lesão não causa sintomas, e quando estes estão presentes são associados ao refluxo gastroesofágico, caracterizados principalmente por queimação e regurgitação. A estimativa anual de cânceres de esôfago originários em pacientes com esôfago de Barrett varia de 0,2 a 2%, e apesar do risco de desenvolvimento tumoral ser 30 vezes maior que na populção geral, o risco absoluto é relativamente pequeno. Por isso, os paciente com esôfago de Barrett devem ter acompanhamento médico contínuo, mas não devem de forma alguma desenvolver angústia exagerada em relação ao diagnóstico.

O tratamento do esôfago de Barrett se orienta em três cuidados principais: o tratamento do refluxo gastroesofágico, o acompanhamento endoscópico, e o tratamento das complicações da lesão esofagiana (displasia). Em relação ao tratamento dos sintomas de refluxo, eles não se alteram em relação aos casos de refluxo com ou sem esôfago de Barrett. Estas medidas incluem melhoria dos hábitos alimentares, perda de peso e, principalmente, medicações que diminuam a acidez gástrica de forma efetiva. A cirurgia é uma opção para o tratamento do refluxo, mas deve ser realizada em casos severos e de difícil tratamento medicamentoso, já que a realização da cirurgia não diminui a incidência do câncer esofágico.

Em relação ao acompanhamento endoscópico dos casos de esôfago de Barrett, ele tem como principal intenção diagnosticar o quanto antes as alterações celulares pré-malignas, como a displasia A displasia, que é uma alteração celular mais grave que a metaplasia (esôfago de Barrett), fornece subsídios às células esofágicas para que estas se malignizem, ou seja, se tornem células cancerígenas. As displasias são classificadas em baixo e alto grau. As displasias de baixo grau (poucas alterações celulares) devem ser acompanhadas de forma muito próxima com endoscopias anuais, sendo realizadas biópsias seriadas da região comprometida. Por outro lado, a dispasia de alto grau (muitas alterações celulares) pode necessitar da retirada desta mucosa por endoscopia (mucosectomia) ou técnicas ablativas, e nos casos com comprometimento mais extenso até mesmo a retirada do esôfago acometido (esofagectomia) pode ser indicada.

DICAS PARA QUEM TEM O PROBLEMA DA DOENÇA DO REFLUXO E O ESÔFAGO DE BARRET (EU!!)

Doença do Refluxo Gastroesofáaico
1.   Não fumar – o cigarro diminui a proteção da mucosa do esôfago e estômago.
2.   Evite deitar ou fazer esforço de estômago cheio(Deíte no mínimo 2h após o jantar).
3.   Perca peso se estiver acima do seu peso ideal.
4.   Evite roupas apertadas – facilita o refluxo.
5.   Evite alimentos que prejudicam a digestão e facilitam o refluxo: fríturas, gorduras, chocolates, condimentos fortes, excesso de cebola, alho e café. Substitua leite integral pelo desnatado e os queijos amarelos pelos brancos (caso você não seja intolerante ao leite).
6.   Evite refrigerantes, bebidas gasosas e sucos cítrícos. Beba água sem gás.
7.   Evite bebidas alcoólicas.
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8.   Evite encher demais o seu estômago – a digestão fica difícil, mais demorada e facilita a ocorrência do refluxo.
9. Eleve a cabeceira da cama – principalmente se você costuma ter azía durante a noite. Utilize um calço de 10 a 15 cm. Não adianta recorrer a travesseiros comuns. Em lojas especializadas existem travesseiros anti-refluxo.
10. Medicamento – a decisão de manter o medicamento por períodos prolongados é uma decisão a ser tomada entre você e o seu médico.
11. Qualquer dúvida adicional pergunte ao seu médico.

ESÔFAGO DE BARRETT: MEDICAÇÃO OU CIRURGIA

O esôfago de Barrett é o nome dado a uma alteração do tecido mucoso da parte final do esôfago (próximo ao estômago), também chamada de metaplasia intestinal.

O esôfago de Barrett decorre da persistência do refluxo gastroesofágico, que leva a uma adaptação da mucosa do esôfago em resposta à agressão do suco gástrico refluído (em geral ácido), tornando esta mucosa mais resistente ao líquido ácido agressor.

Tem grande importância devido a sua relação com o desenvolvimento do câncer de esôfago (adenocarcinoma de esôfago).

Há uma variação quanto a extensão da lesão esofágica e que está diretamente relacionada à severidade do refluxo, podendo caracterizar o que se denomina esôfago de Barrett curto (”short”) ou longo (”long”). Ou seja, quanto maior a intensidade do refluxo gastroesofágico, maior a tendência ao aumento da área comprometida.

Os esôfagos de Barrett curtos (menor de 3cm) têm uma incidência de displasia, que é uma alteração celular pré-maligna, menor do que os longos (maior que 3cm), o que também ocorre em relação ao câncer de esôfago.

No entanto, independentemente das dimensões das lesões e riscos associados, o esôfago de Barrett deve ter acompanhamento regular.

O esôfago de Barrett é uma alteração geralmente diagnosticada durante a endoscopia digestiva e confirmado através de biópsias da região acometida. Como o refluxo gastroesofágico se associa firmemente com o esôfago de Barrett, nos quadros de queimação retroesternal (no tórax) crônica, é importante que os pacientes sejam submetidos a endoscopia digestiva para avaliação esofágica.

Quanto à epidemiologia da doença, o esôfago de Barrett ocorre mais frequentemente em adultos de média idade (55 anos) e idosos, acometendo duas vezes mais homens que mulheres, com uma incidência na população geral de 0,9 a 4,5%.

Este tipo de lesão não causa sintomas, e quando estes estão presentes são associados ao refluxo gastroesofágico, caracterizados principalmente por queimação e regurgitação.

A estimativa anual de cânceres de esôfago originários em pacientes com esôfago de Barrett varia de 0,2 a 2%, e apesar do risco de desenvolvimento tumoral ser 30 vezes maior que na populção geral, o risco absoluto é relativamente pequeno.

Por isso, os paciente com esôfago de Barrett devem ter acompanhamento médico contínuo, mas não devem de forma alguma desenvolver angústia exagerada em relação ao diagnóstico.

O tratamento do esôfago de Barrett se orienta em três cuidados principais: o tratamento do refluxo gastroesofágico, o acompanhamento endoscópico, e o tratamento das complicações da lesão esofagiana (displasia).

Em relação ao tratamento dos sintomas de refluxo, eles não se alteram em relação aos casos de refluxo com ou sem esôfago de Barrett. Estas medidas incluem melhoria dos hábitos alimentares, perda de peso e, principalmente, medicações que diminuam a acidez gástrica de forma efetiva.

A cirurgia é uma opção para o tratamento do refluxo, mas deve ser realizada em casos severos e de difícil tratamento medicamentoso, já que a realização da cirurgia não diminui a incidência do câncer esofágico.

Em relação ao acompanhamento endoscópico dos casos de esôfago de Barrett, ele tem como principal intenção diagnosticar o quanto antes as alterações celulares pré-malignas, como a displasia A displasia, que é uma alteração celular mais grave que a metaplasia (esôfago de Barrett), fornece subsídios às células esofágicas para que estas se malignizem, ou seja, se tornem células cancerígenas.

As displasias são classificadas em baixo e alto grau. As displasias de baixo grau (poucas alterações celulares) devem ser acompanhadas de forma muito próxima com endoscopias anuais, sendo realizadas biópsias seriadas da região comprometida.

Por outro lado, a dispasia de alto grau (muitas alterações celulares) pode necessitar da retirada desta mucosa por endoscopia (mucosectomia) ou técnicas ablativas, e nos casos com comprometimento mais extenso até mesmo a retirada do esôfago acometido (esofagectomia) pode ser indicada.

Fonte: www.drfernandovalerio.com.br

ESÔFAGO DE BARRETT

Esôfago de Barrett (EB ou síndrome de Barrett) é uma doença na qual há uma mudança anormal (metaplasia) nas da porção inferior do esôfago. Acredita-se que seja causada por uma exposição prolongada ao conteúdo ácido proveniente do estômago (esofagite de refluxo).

O esôfago de Barrett é encontrado em cerca de 10% dos pacientes que procuram tratamento médico para a doença do refluxo gastroesofágico.

Imagem endoscópica de um esôfago de Barrett. Observe a mancha de “cor salmão” da lesão causada pela exposição prolongada do esôfago ao conteúdo gástrico ácido.

O esôfago de Barrett possui relevância clínica por ser considerado uma condição pré-maligna, ou seja, é uma lesão associada a um risco aumentado de câncer esofágico. Estima-se que a incidência de adenocarcinoma no esôfago de Barrett varie de 1:146 pacientes/ano, a 1:180, 1:184 ou 1:222, conforme a fonte. O risco varia de 0,2 a 2,1% ano em pacientes sem displasia, o que representa um risco de incidência de câncer de esôfago 30 a 125 vezes maior que a população em geral.

A doença recebe o nome em homenagem ao Dr. Norman Barrett (1903–1979), cirurgião australiano do Hospital de St Thomas no Reino Unido que descreveu a doença pela primeira vez em 1957.

Esôfago e estômago

O esôfago é um órgão oco em forma de tubo que une a faringe ao estômago. Sua principal função é, através de contrações peristálticas, realizar o transporte do alimento ingerido em direção ao estômago. O conteúdo do estômago é muito ácido, enquanto o do esôfago não é.

Em função disso, o estômago possui um revestimento especial resistente à acidez. No entanto, o esôfago não possui um revestimento especial que seja capaz de resistir ao conteúdo ácido do estômago que se desloca até o esôfago quando a pessoa tem doença do refluxo gastroesofágico.

Causa

O esôfago de Barrett ocorre em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico de longa duração (vários anos). Representa uma resposta adaptativa da mucosa esofágica à agressão causada pelo conteúdo estomacal, que segue sentido contrário ao normal, que é descendente. Os fatores de risco para desenvolvimento do EB são os que favorecem o refluxo gastroesofágico, e incluem a hérnia de hiato, a incompetência do esfíncter inferior do esôfago e o refluxo do conteúdo duodenogástrico.

Ainda não se sabe ao certo por que o esôfago de Barrett somente se desenvolve em pessoas que possuem a doença do refluxo gastroesofágico.

Patologia

O esôfago de Barrett é caracterizado por uma modificação no epitélio do órgão. Na doença, ocorre a presença de epitélio colunar na porção inferior do esôfago, substituindo o epitélio escamoso normal do esôfago.

Esta transformação do epitélio é um exemplo de metaplasia. Apesar de o epitélio colunar ser capaz de suportar melhor a ação erosiva das secreções do estômago; esta metaplasia confere um risco aumentado de câncer no esôfago do tipo adenocarcinoma.[4]

As células colunares metaplásicas podem ser de dois tipos: gástricas (similares às do estômago, que não são tecnicamente um esôfago de Barrett) ou intestinais (similares às células dos intestinos). Uma biópsia da área afetada geralmente irá apresentar uma mistura de ambos os tipos. A metaplasia intestinal confere um risco maior de malignidade.

Sinais e sintomas

Os sintomas de pacientes com esôfago de Barrett são, em geral, os mesmos dos pacientes com doença do refluxo gastroesofágica não-complicada. Pode ser identificado também em portadores de sintomas atípicos e dispépticos. O quadro clínico que mais sugere seu diagnóstico, segundo Cameron et al., é história de refluxo de longa duração e episódios de pirose (azia) noturna, em geral, acima de 5 anos.

Diagnóstico

A metaplasia do esôfago de Barrett é bastante visível através da endoscopia digestiva alta. No exame pode ser notada uma lesão de “cor salmão” ou “cor vermelho-róseo”.

O médico que realiza o exame endoscópico recolhe amostras da lesão esofágica (biópsia). Estas amostras devem ser levadas a um laboratório de análise patológica e analisadas em microscópio para determinar se as células são de natureza gástrica ou intestinal. A metaplasia intestinal é geralmente identificada com a ocorrência de células caliciformes no epitélio.

A presença das células metaplásicas intestinais é necessária para que o médico patologista ateste o diagnóstico da doença no laudo da biópsia.

Prognóstico e complicações

A principal complicação do esôfago de Barrett é a possibilidade das células continuarem a sofrer mutações a ponto de se tornarem cancerosas, gerando um câncer esofágico. Quanto mais cedo for detectada a metaplasia (o primeiro estágio de diferenciação), melhor o prognóstico.

O esôfago de Barrett pode desenvolver mudanças pré-cancerosas (displasias, que são o segundo estágio de diferenciação) em graus que variam de negativo (sem displasia), leve mas com mudanças significativas (displasia de baixo grau), a mudanças sérias (displasia de alto grau), e finalmente ao câncer invasivo.

O risco de um paciente com esôfago de Barrett desenvolver um adenocarcinoma de esôfago é 30 a 125 vezes maior que pessoas sem a doença.

No entanto, a maioria dos pacientes com esôfago de Barrett não irá desenvolver câncer de esôfago e irá morrer de outras causas. O risco de progressão para adenocarcinoma do esôfago está estimado em 0,4 a 0,5% ao ano em pacientes sem displasia que realizam biópsias de acompanhamento.

Não existe atualmente um método confiável de determinar se os pacientes com o esôfago de Barrett irão ou não desenvolver câncer de esôfago.[5]

Tratamento

Atualmente não existem medicamentos que façam com que o esôfago de Barrett regrida. Entretanto, os tratamentos atuais, que buscam tratar a doença do refluxo gastroesofágico, diminuem a progressão da doença e previnem as suas possíveis complicações, como o câncer esofágico.

Além disso, um acompanhamento deve ser realizado para o conhecimento da progressão da doença.

Tratamento do refluxo

O tratamento inclui o controle do refluxo com medicamentos e medidas que ajudem a preveni-lo. Para tratar o refluxo gastroesofágico o paciente pode realizar uma cirurgia de fortalecimento do músculo esfíncter inferior do esôfago, chamada de fundoplicação.

A dieta dos pacientes com EB é a mesma recomendada para os pacientes com a doença do refluxo gastroesofágico. Os pacientes devem evitar alimentos fritos e gordurosos, chocolate, álcool, café, frutas ou sucos cítricos, molho de tomate, ketchup, mostarda, aspirina ou outras drogas antiinflamatórias não-esteróides, entre outros cuidados.

Eles também devem evitar refeições 3 horas antes de dormir, elevar a cabeceira da cama, reduzir o peso (se estiverem com sobrepeso) e parar com o hábito de tabagismo.

Acompanhamento da evolução

As recomendações atuais incluem endoscopia e biópsia de rotina (em busca de mudanças displásicas) durante certos invervalos de meses. Se a metaplasia evoluir para uma displasia, os intervalos entre os exames de endoscopia são diminuídos.

Tratamento para displasia ou câncer esofágico

Se é descoberto que uma pessoa com EB possui uma displasia ou câncer, o médico geralmente irá recomendar uma cirurgia se a pessoa for suficientemente saudável, possuindo boas chances de ser curada.

O tipo de cirurgia pode variar, mas geralmente envolve a remoção da maior parte do esôfago, elevando o estômago no tórax para uni-lo à porção restante do esôfago. Muitos pacientes com o EB são idosos e possuem muitos outros problemas médicos que tornam a cirurgia inviável. Nestes pacientes, outros métodos de tratamento têm sido estudados.

Em displasias graves (de alto grau), tem sido utilizado o tratamento a laser, ao passo que o câncer esofágico pode necessitar de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia sistêmica.

Epidemiologia

A idade média dos pacientes com esôfago de Barrett está entre 55 e 65 anos. Mais de 80% dos pacientes são homens brancos, com alguns estudos indicando uma prevalência maior em fumantes e alcoolistas.

A doença é rara em descendentes de africanos e asiáticos. A doença é duas vezes mais comum em homens do que em mulheres.

Estima-se que o EB afete 700.000 pessoas nos Estados Unidos da América.

Referências

Stein H, Siewert J (1993). “Barrett’s esophagus: pathogenesis, epidemiology, functional abnormalities, malignant degeneration, and surgical management”. Dysphagia 8 (3): 276-88. PMID 8359051.

Koppert L, Wijnhoven B, van Dekken H, Tilanus H, Dinjens W (2005). “The molecular biology of esophageal adenocarcinoma”. J Surg Oncol 92 (3): 169-90. PMID 16299787.

Barrett N (1957). “The lower esophagus lined by columnar epithelium”. Surgery 41 (6): 881-94. PMID 13442856.

Fléjou J (2005). “Barrett’s oesophagus: from metaplasia to dysplasia and cancer”. Gut 54 Suppl 1: i6-12. PMID 15711008.

Reshamwala P, Darwin P (2006). “Endoscopic management of early gastric cancer”. Curr Opin Gastroenterol 22 (5): 541-5. PMID 16891887.

Fonte: clique aqui

POR: ALEXANDRE NASIASENE GOMES


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